Crianças nos Campos de Concentração

Crianças nos Campos de Concentração

Numa idade de brincar e de ir pra escola, as crianças que vivem em zonas de conflitos armados vêm sua infância interrompida para conviver com situações inomináveis. Consideradas as maiores vítimas das guerras, seus corpos pequenos e frágeis, quando sobrevivem a tais horrores, levam dentro de si marcas inesquecíveis.

As crianças eram especialmente vulneráveis durante a época do Holocausto. Os nazistas defendiam o assassinato de crianças de grupos “indesejáveis” ou “perigosos”, de acordo com a sua visão ideológica, tanto como parte da “luta racial” quanto como medidas de segurança preventiva.

Os alemães e seus colaboradores assassinaram cerca de 1,5 milhões de crianças, sendo um milhão delas judias, e dezenas de milhares de ciganos, além de crianças alemãs com deficiências físicas ou mentais que viviam em instituições, crianças polonesas, e crianças que moravam na parte ocupada da União Soviética. O destino dessas crianças, judias e não-judias, pode ser classificado da seguinte maneira:

1- eram assassinadas assim que chegavam aos campos de extermínio;

2- eram mortas assim que nasciam ou mortas nas instituições onde viviam;

3- as crianças que nasciam nos guetos e campos sobreviviam porque os prisioneiros as escondiam;

4- as crianças, normalmente maiores de 12 anos, eram usadas como escravas ou em experiências “médicas”;

Quando as crianças eram muito jovens para serem mandadas para o trabalho forçado, as autoridades alemãs as selecionavam, assim como aos mais velhos, doentes e deficientes, para serem deportados para os campos de extermínio, ou então eram levadas até as covas de destruição em massa como vítimas a serem metralhadas.

Quando escolhidas, médicos e pesquisadores “médicos” das SS as utilizavam, principalmente aos gêmeos, para experiências médicas cruéis que resultavam na morte destas crianças.

No fim, nem mesmo crianças foram salvas das atrocidades que ocorreram neste triste período da história. Tendo que se esconder, roubar e talvez ate mesmo matar para garantir sua própria sobrevivência.